Frágil como teu corpo é
frágil sob o peso
das esferas: tudo te
convoca, mas é melhor
ir devagar porque há
afoiteza em tudo.
Alguém te disse um
dia: o sol brinca de
iluminar os detalhes
da casa, uma nesga
de muro, uma pedra
na rua. O sol percorre
o teu caminho bem antes
depois, e teus olhos
esquecem. O que sabemos:
nossos corpos a flutuar
pela noite, miraculosamente
leves como querem
as esferas quando enfim
adormecem.