Só não sei
perder
ainda mas
prometo
aprender
com a prática.
Deitado: o coração não para. Em
pé, caminhando, correndo: o coração
coração coração. De ponta-cabeça:
coração na boca, coração no chão.
O amor nada tem a ver com esse
bulbo de carne-e-sangue, o coração
é um bulbo de carne-e-sangue sem a
menor ideia do que seja o amor.
Sangrando: o coração não para de
bombear, ninguém controla o coração
até que lhe falte: sangue, carne. O coração
coração coração nem ama nem pensa
nem chora nem finge nem sonha nem
nada. Nem para.
Arquivado em Poesia